DINAMARQUESA VERMELHA


- AS ASSOCIAÇÕES

A ANC "Herd-book Collares" é a entidade detentora do registro genealógico da raça Dinamarquesa Vermelha no Brasil, esta entidade vem fazendo o registro genealógico PO da raça desde o ano de 1952.

Desde o ano de 1937 até o ano de 1998, foram inscritos 992 animais Puros de Origem, PO. Desde o ano de 1989 não foram registrados mais animais.

Não se tem conhecimento sobre a existência de alguma Associação de Criadores da raça Dinamarquesa Vermelha no Brasil.

- ORIGEM DA RAÇA DINAMARQUESA VERMELHA

A raça Danish Red ou Dinamarquesa Vermelha formou-se na última parte do século 19, a partir do gado original da Dinamarca e de outras regiões da península da Jutlândia, isto é, bovinos Slesvig Red do norte (um tipo antigo de Angler com sangue Shorthorn e Ballun) e Schleswig Marsh, este eram de dupla aptidão e apresentavam um tipo corpulento, embora o tipo nativo e o Angler fossem animais mais delgados e menores em tamanho.

- HISTÓRIA DA RAÇA

atual gado vermelho da Dinamarca foi reconhecido pela primeira vez como raça em 1878, abrindo-se o livro genealógico (Herd Book) para a mesma em 1885.

No ano de 1952 foi aberto o "Herd Book" da raça no Brasil. O primeiro produto puro de origem nascido no país foi uma fêmea, a "Tolina", nascida em novembro de 1953.

A partir de 1977 a ANC colabora na coleta de informações dos núcleos da raça, predominantemente localizados em São Paulo. O último pedido de registro foi feito em 1988.<

- PADRÃO RACIAL

Características Gerais

A cor e a estrutura corporal provém do gado mais pesado e carnudo do pantanal. A alta produção e a elevada porcentagem de gordura no leite sempre foram o primeiro objetivo na seleção da raça, mas o alto índice de crescimento e o bom desenvolvimento de musculatura também foram observados. Hoje, podemos classificar a raça como de dupla finalidade, isto é, leite e carne. As vacas adultas são fortes, de estrutura robusta, com corpo bem desenvolvido. O período normal de gestação é de 283 dias. O peso dos terneiros, ao nascer, é de 41 Kg. para os machos e de 39 kg. para as fêmeas. Os touros atingem pesos de 1.000 a 1.300 Kg. e podem começar sua vida reprodutiva aos 10 meses de idade, enquanto as vacas adultas pesam de 600 a 650 Kg. e parem pela primeira vez aos 29 meses.

Características Zootécnicas

Cabeça - A cabeça é moderadamente comprida e os chifres nascem dirigindo-se para a frente e para baixo. A mucosa da ponta do nariz é de coloração preta.

Pelagem - A pelagem é vermelha retinta, sendo que os touros são mais escuros Que as vacas. Pequenas manchas brancas somente são toleradas nas regiões inguinal e esternal. O pelo é suave, curto e liso.

Pele - A pele é solta e delgada, com uma pigmentação bastante escura.

Corpo - O corpo apresenta boa profundidade torácica e com costelas bem arqueadas.

Dorso e Lombo - A linha dorso-lombar é retilínea.

Posteríores - Os membros posteriores estão constituídos por aprumos de boa conformação, com uma garupa comprida e nascimento da cauda sobressalente. O úbere é de bom tamanho, bem equilibrado e com ligamentos fortes

- CARACTERÍSTICAS DA RAÇA

Embora a seleção tenha se baseado durante muito tempo na produção leiteira, atualmente também leva em conta a velocidade de crescimento e o bom desenvolvimento muscular, reunindo à aptidão leiteira o bom tipo para a carne. Pode ser considerada como uma raça de duplo propósito.

A séculos atrás acreditava-se que a raça Dinamarquesa Vermelha necessitava de abundante alimento e com manejo adequado se tornava uma produtora eficiente. Vacas que eram ordenhadas, após serem secas engordavam rapidamente.

Hoje a raça é de grande tamanho, sendo que os touros medem por volta de 155 cm e pesam em média 1000 kg. As vacas medem em média 137 cm e pesam por volta de 675 kg em média.

As principais características da raça são a sua musculosidade, % de gordura e % de proteína de seu leite. Destaca-se também pelo seu ganho de peso, facilidade de parto, pequeno intervalo entre partos e precocidade sexual.

Os muitos anos de concistentes programas de seleção desenvolveram uma raça a qual hoje combina características como;

  • Altas taxas de proteína e gordura;
  • Altas porcentages de proteína e gordura;
  • Facilidade de parto;
  • Aprumos e cascos fortes;
  • Úbere forte, balanceado e com excelente inserção;
  • Temperamento superior e rapidez de ordenha;
  • Alta resistência a doenças;
  • Ganho de peso e musculatura forte e pesada;

Melhorada mediante rigorosa seleção funcional com certo grau de consangüinidade, hoje a raça predomina na Dinamarca, fazendo mais de 61% das raças do país, sendo que 45% destas são submetidas a controle leiteiro. É exportada para diversos países. A médias de produção leiteira na Dinamarca estão por volta de 6.280 kg, com 4.17% de gordura, com vacas "Top" de produção chegando a 12.000 kg.

Foi feito um estudo no ano de 1954, analisando uma mostra de touros, para identificar o coeficiente de consangüinidade da raça, que na oportunidade chegava a 11,5 %, e este coeficiente apresentava clara tendência a um aumento médio de 3% por geração.

A partir do ano de 1950, recebeu infusão de sangue Pardo Suíço e Red & White da Suécia. Apesar da raça ainda ter um número alto de animais, pode-se dizer que a raça esta em observação devido a alta taxa de cruzamentos com raças exóticas, podendo acarretar um risco para a raça no futuro.

Existem aproximadamente 450 touros em banco de sêmen, e óvulos de 150 vacas conservados criogenicamente. Na Dinamarca existem 5 centros de coleta de sêmen, onde são testados 250 touros por ano.

No ano de 1992, foram inscritos no Herd Book Dinamarquês, 65.000 animais. A população estimada da raça na Dinamarca é de 112.000 animais, sendo 9,7% de todo o plantel de vacas leiteiras do país. São coletados os números de 56.731 vacas para controle leiteiro. São inseminados 89% dos animais.

No ano de 1997, foram detectados no rebanho de Dinamarquesa Vermelha na Dinamarca, 37% de genes de Pardo Suiço, 9,4% de Ayrshire Finlandês e 2,7% de Swedish Vermelho e Branco.

Na Dinamarca o tamanho médio dos rebanhos é de 48,9 vacas. A partir do ano de 1986 taxa de proteína do leite foi incluída no calculo dos valores de seleção da raça.