CANCHIM


- AS ASSOCIAÇÕES

No ano de 2020 a ANC Herd-Book Collares passou a ser a detentora do registro genealógico da raça Canchim no Brasil.

Associação Brasileira de Criadores de Canchim

(11) 99748-3099 (whatsapp)

canchim@canchim.com.br

PADRÃO DA RAÇA CANCHIM

Características Gerais

Em 1922, foram importados pelo Ministério da Agricultura animais da raça Charolesa e localizados na Fazenda de Criação de Urutaí, Estado de Goiás, onde permaneceram até 1936, época em que o plantel foi transferido para a Fazenda de Criação de São Carlos. Daquele plantel saíram os reprodutores da raça Charolesa utilizados nos programas de cruzamentos realizados em São Carlos.

A raça zebuína que mais contribuiu para a formação do Canchim foi a Indubrasil; contudo, foram utilizados também animais Guzerá e Nelore. Deu-se preferência aos animais Indubrasil pela facilidade de se obter um plantel numeroso e a preços razoáveis, o que teria sido difícil em se tratando de vacas das raças Gir, Nelore ou Guzerá.

Os primeiros animais “bimestiços” com o “grau de sangue” 5/8 Charolês – 3/8 Zebu, nasceram em 1953. Surgiu desta maneira um novo tipo de gado de corte para o Brasil Central, com o nome de Canchim, denominação que vem do nome de uma árvore muito comum na região onde os trabalhos de formação do gado se desenvolveram.

Características Zootécnicas

Cabeça: em forma de ataúde, mais larga e mais curta nos machos e mais fina e alongada nas fêmeas, sendo critério desclassificante os animais que apresentarem cabeça estreita e longa nos machos e mais larga e mais curta nas fêmeas. A fronte deve ser larga, plana ou com pequena depressão central, com perfil retilíneo ou semi-retilíneo, sendo desclassificados os animais que apresentarem perfil convexo ou côncavo.

Chanfro: deve ser retilíneo, mais largo e curto nos machos e mais fino e alongado nas fêmeas, sendo desclassificante os animais que apresentarem chanfro estreito e longo no macho, largo e curto na fêmea, acarneirado ou desviado.

Focinho: animais devem apresentar narinas largas e pigmentadas nas diversas tonalidades entre bronze e cinza, sendo desclassificante os que apresentarem pele rósea e despigmentada.

Olhos: devem ser elípticos, com pele periocular pigmentada, sendo desclassificante os animais que apresentarem pele periocular despigmentada.

Chifres e orelhas: serão aceitos animais mocho natural ou amochados, e as orelhas devem ser pequenas ou de tamanho médio, sendo desclassificados os animais que apresentem orelhas muito grandes.

Maxilares: Os animais deverão apresentar os maxilares proporcionais entre si (maxilar superior e inferior) e também com o tamanho da cabeça, sendo desclassificados os que apresentarem bragnatismo ou prognatismo.

Pelagem: A pelagem do animal pode ser característica importante para a tolerância ao calor em regiões tropicais, sendo as pelagens mais claras as maisdesejáveis. Permite-se para a raça Canchim e seus grupos genéticos formadores a cor creme em várias tonalidades até o amarelo, exceto as escuras, estando em consonância com a grande variação de clima das várias regiões do País. Serão critérios para desclassificação os animais que apresentarem manchas localizadas, mão branca, barriga branca, estrela na testa, cara branca, malhas bem definidas pelo corpo e pelagem araçá, pelagens castanhas (marrom), avermelhadas e cinzas acentuadas, quando predominante.

Pelos: os animais devem apresentar pelos curtos, sedosos e brilhantes, com alta densidade, que indicam boa adaptação ao clima tropical. No inverno, animais adaptados podem cobrir-se de pelos mais longos como defesa, desde que percam esses pelos no início da primavera.  É critério desclassificatório os animais que apresentarem pelos grosseiros e altos e/ou com baixa densidade, que revelem falta da adaptação.

Pele: A pigmentação da pele é importante para evitar problemas causados pela intensa radiação solar e por isto deve ser bem pigmentada, sendo critério para desclassificação os animais que apresentarem áreas de despigmentação.

Pescoço: Deve ser musculoso com garrote proeminente nos machos caracterizando sua masculinidade, e mais longo e delicado nas fêmeas, caracterizando sua feminilidade, sendo critério desclassificante a falta de mini-cupim no macho e presença do mesmo na fêmea.

Barbela: Deve ser média e continua nos dois sexos, sendo desclassificante o excesso de barbela ou degolado.

Dorso: Deve ser largo, comprido e plano, caracterizando bom arqueamento de costelas, sendo desclassificante animais que apresentam linha dorso lombrar selada, curta e estreita.

Anca e Garupa: os animais devem apresentar anca e garupa bem amplas, caracterizando grande produção de carne. Os ísquios e íleos bem afastados e distantes ampliam o traseiro o que tende a facilitar o parto nas fêmeas. Desclassificam-se os animais que apresentarem garupa estreita, muito inclinada com ísquios e íleos pouco afastados.

Costelas: As costelas devem ser compridas e bem arqueadas, resultando em flancos cheios e peito largo com grande capacidade respiratória, sem produzir um dianteiro pesado, sendo critério desclassificante os animais que apresentarem tórax deprimido e costelas compridas e pouco arqueadas, que resultem num dianteiro muito pesado.

Ventre: O ventre deve ser comprido e paralelo à linha superior, sendo desclassificado o animal que apresentar ventre proeminente, barrigudo.

Cauda: A cauda deve ser inserida harmoniosamente na garupa, sendo desclassificante a Inserção adiantada, principalmente na fêmea, o que não deve ser confundido com osso sacro proeminente.

Cascos e Pés: Os cascos e os pés fazem parte da estrutura óssea do animal, tendo, portanto, forte influência nos aprumos do mesmo. Os pés devem ser grandes, largos e profundos e ter unhas de formas e tamanhos iguais que apontem para a frente. Os cascos devem ser bem pigmentados, fortes e bem implantados nos pés, além de aprumados e de bom tamanho. São critérios desclassificantes animais que apresentarem cascos mal implantados, pequenos, cascos com pouca profundidade na parte posterior, estreitos, sapateiro, encastelados e despigmentados.

Órgãos Sexuais: Nos machos a bolsa escrotal deve ser observada quanto a sua simetria, conformação, mobilidade dos testículos, como também quanto a quaisquer alterações patológicas, coloração indesejável, pigmentação e dermatites. A bolsa escrotal é pendular, colocando bem visível os testículos e o epidídimo. A rotação dos testículos, que anormal, não deverá ultrapassar 45°, podendo se unir ou bilateral. Os testículos devem ser avaliados quanto a posição, simetria, mobilidade, consistência, forma e tamanho, devendo ser volumosos, simétricos, ter mobilidade e consistência fibroelástica. Serão desclassificados os animais monorquídicos, hipoplásicos, criptorquídicos, mal posicionamento, falta de termorregulação, pouco desenvolvimento e epidídimos subdesenvolvidos.

Vulva e Úbere: A vulva deve ser quase vertical, proeminente com abertura grande, o úbere deve ser saliente, bem implantado, com tetas médias, simétricas e bem separadas. Serão desclassificadas as fêmeas que apresentarem vulva pequena, tendência horizontal e pouca abertura, úbere com tetas grandes que dificultem a mamada, subdesenvolvidas ou com assimetria acentuada.

Umbigo e Prepúcio: O umbigo deve ser curto (distância entre a parede abdominal e ósteo prepucial) e a posição do prepúcio em relação à parede abdominal deve ser ligeiramente inclinada, evitando-se a posição pendular. O ósteo prepucial deve apresentar-se delicado, sem abertura excessiva, ser bem protegido com pelagem densa evitando ataque de insetos e traumas mecânicos. Serão desclassificados os animais que apresentarem umbigo grande, prolapso acentuado do prepúcio ou abertura prepucial exagerada.