HERENS
- AS ASSOCIAÇÕES
A ANC "Herd-book Collares" é a entidade detentora do registro genealógico da raça Herens no Brasil, esta entidade vem fazendo o registro genealógico PO da raça desde o ano de 1973.
Desde o ano de 1973 até o ano de 1998, foram inscritos 24 animais Puros de Origem (PO), os últimos registros efetuados ocorreram no ano de 1976.
Não se tem conhecimento sobre a existência de alguma Associação de Criadores da raça Herens no Brasil.
- ORIGEM DA RAÇA HERENS
O nome desta antiga raça bovina procede de uma comarca da Suíça, situada na região de "Valais", sendo pertencente ao tipo denominado "Brachyceros". Depois da raça Pardo Suíça, é a mais antiga do país e sua origem é desconhecida.
Supõe-se que já existia na época romana, uma vez que em uma cabeça de bronze datada de tal época, encontrada em Octodurus, se reproduzem fielmente as proporções típicas de um touro Hérens.
- HISTÓRIA DA RAÇA NO BRASIL
O Herd Book" da raça foi aberto no Brasil em 1973 a partir de dois touros e 10 vacas importadas da Suíça. O primeiro produto registrado nascido no país foi o touro "Casto", de dezembro de 1974, Criação da Agropecuária Suíço Brasileira Ltda., de Campinas, SP. Os últimos registros da raça foram comunicados à ANC em 1976.
- PADRÃO RACIAL
Características Gerais
A raça Herens é de pequeno porte, de esqueleto delicado mas resistente. Embora de tripla aptidão, é utilizada atualmente para produção de leite e carne. A criação está mais dirigida para a produção leiteira, porém a carne é bastante apreciada por suas qualidades de textura e sabor. São animais muito ativos e resistentes às enfermidades. O peso dos touros adultos está ao redor dos 600 Kg. e das vacas em torno de 450 Kg.
Características Zootécnicas
Cabeça - A cabeça é curta e larga. Os chifres, que se dirigem para fora, para a frente e para cima, são claros com as pontas pretas.
Pelagem - O pelo é curto e de espessura média. A pelagem varia entre castanho e pardo escuro ou vermelho escuro, que se aproxima muito do preto. Ao longo da linha dorsal e na ponta do nariz a pelagem é de tonalidade mais amarelada. Nas fêmeas é permitido, apenas no úbere, pequenas manchas circunscritas de tonalidades claras ou branca. Nos machos, entretanto, não se toleram manchas brancas.
Pele - A pele é flexível. A ponta do nariz e os orifícios naturais são pretos ou de cor escura, porém, nunca rosados ou de cor clara.
Corpo - O corpo é compacto, com um peito profundo.
Dorso E lombo - A linha dorso-lombar é quase retilínea.
Posteriores - Os quartos traseiros, embora bastante compridos, são ligeiramente mais leves que os dianteiros. A musculatura apresenta escasso tecido adiposo. Nas vacas o úbere não é grande.
- CARACTERÍSTICAS DA RAÇA
A cor da pelagem varia entre o castanho e o pardo escuro ou o vermelho escuro que quase se aproxima do negro. Os bovinos Hérens são pequenos, como pode deduzir-se observando seu habitat natural e modalidade de vida característica das regiões montanhosas, de considerável altitude.
A Raça esta espalhada desde Chamonix, na encosta do Monte Blanc, na França. Os números tem decrescido desde a II Grande Guerra devido ao uma diminuição da atividade fazendeira na região das altas montanhas.
O Hérens foi originalmente uma raça de esporte com os líderes dos rebanhos recebendo especial cuidado e eram treinados para lutar, com os animais empurrando-se cabeça a cabeça até que um dos combatentes fugisse, este seria o perdedor.
O corpo é compacto e a musculatura apresenta escasso tecido adiposo, estando os animais em harmonia com seu meio ambiente.
A qualidade de sua carne é tida como especial, mas a raça se destaca também por sua % de proteína no leite, facilidade de parto, baixa mortalidade de terneiros. O Hérens apresenta defeitos no que se refere a quantidade de leite produzido, ganho diário, % de gordura do leite e puberdade sexual tardia.
Os animais são usados para abate, fornecendo carne de grande finura e bom gosto. Também são empregados como animais de trabalho. Trata-se de uma raça de triplo propósito, mas cada vez mais se dirige predominantemente para a produção leiteira. A média leiteira das vacas no ano de 1975 Foi estimada em 2909 kg.
São animais muito ativos, resistentes às enfermidades. Seu satisfatório rendimento leiteiro não pode ser comparado com o do gado Simental ou Pardo Suíço, em função de ter que viver em condições muito menos favoráveis.
A raça é tida como em perigo de extinção, dados de 1994, mostram que haviam apenas 210 animais puros, porém população estava em pequeno crescimento. Restavam 200 fêmeas puras e 10 machos, sendo que 2 destes touros estavam em coleta de sêmen. Existe sêmen de 47 reprodutores estocados.
